segunda-feira, 7 de maio de 2012

PPL TERÁ CANDIDATURA À PREFEITURA DE BELÉM‏

Caros/as Companheiros/as, boa noite! a Executiva Estadual e a Comissão Provisória Municipal de Belém decidiram que o PPL deve ter candidatura própria à Prefeitura de Belém e indicaram meu nome, como Pré-Candidata.

Aceitei a decisão com a disposição, que nos trouxe até aqui, de apresentar ao Povo de Belém que temos um projeto de desenvolvimento para o Brasil e as cidades brasileiras. Belém merece a mobilização de todos e todas para sair da paralisia em que se encontra e enfrentar os graves problemas que afetam a cidade e o seu povo. E, o PPL estará presente nesta mobilização pelo povo de Belém.

Com esta decisão nosso partido ocupará o tempo que conquistou, com seu registro, na propaganda eleitoral. São quase dois milhões de eleitores que conhecerão nossas propostas e nosso compromisso com o desenvolvimento de nossas cidades. Acreditamos que esta decisão irá contribuir para fortalecer o PPL, no Estado do Pará, e nossas candidaturas em todos os Municípios.

Quero convidar à todos/as para o Ato de Lançamento da Pré-Candidatura no dia 19 de Maio, às 10:00 horas.

Conto muito com o apoio e a presença de todos.

Um grande abraço,


Leny Campêlo
Executiva Nacional PPL - Secretária Região Norte
Presidente PPL Pará

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Maia diz que poderes do CNJ são claros na legislação

Por DENISE MADUEÑO, estadao.com.br, Atualizado: 1/2/2012 19:20


O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou que os poderes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de controlar o Judiciário são claros na legislação. A afirmação foi feita por Maia ao comentar a polêmica em torno da extensão da fiscalização do órgão. 'O Judiciário tem todo o direito de debater o CNJ, desde que não fira a legislação existente. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem de se pautar sobre a legislação. Tem de respeitar o que foi aprovado', disse Maia. 
O presidente da Câmara destacou que, ao aprovar o projeto que criou o CNJ, o legislador foi enfático na intenção de ter um órgão de controle externo do Judiciário. 'É claro o poder de controle do CNJ das atividades do Judiciário. Nós precisamos garantir a existência do trabalho de controle e de fiscalização do CNJ', afirmou. Ele disse que isso não tira o poder das corregedorias nos Estados. Se houver dúvida, considerou Maia, talvez seja o caso de explicitar melhor essa função em um outro projeto.

sábado, 7 de janeiro de 2012

177 ANOS DE CABANAGEM!


177 anos da Cabanagem!

07 de Janeiro de 2012, 177 anos da Cabanagem! “A Revolução
Popular da Amazônia”..... ”O Povo no Poder”............ ”A
Revolução no Brasil”. Cinco anos de lutas renhidas, guerra civil
que levou a vida de trinta mil habitantes, cerca de um quinto da
população da então Província do Grão Pará.

Para Caio Prado Junior, em seu livro “Evolução Política do Brasil”
a Cabanagem foi “... um dos mais notáveis, se não o mais
notável movimento popular do Brasil. É o único em que as
camadas mais inferiores da população conseguem o poder de
toda uma Província com certa estabilidade. Apesar de sua
desorientação, apesar da falta de continuidade que a
caracteriza, fica-lhe, contudo a glória de ter sido a primeira
insurreição popular que passou da simples agitação a uma tomada efetiva de poder.”

E, o anseio de Liberdade que mobilizou milhares de Paraenses é uma chama que não se
apagou no coração da Amazônia. Arde alimentada pela injustiça, pelo desrespeito, pela
indignidade com que somos tratados, ainda nos dias de hoje. Às riquezas vegetais daquela
época somou-se a descoberta das riquezas minerais, o potencial dos recursos hídricos, o valor
de nossa biodiversidade. Tudo alvo da cobiça dos que querem o enriquecimento a qualquer
custo, ou, melhor dizendo, ao custo do trabalho escravizado da maioria, que, apesar de dona
desta riqueza dela foi feita escrava.

O Pará segue sendo tratado como um grande almoxarifado para o desenvolvimento dos
outros. E, hoje como ontem não falo de nossos irmãos brasileiros, mas dos que representam
os interesses imperialistas. Enquanto o Brasil era sugado nos ciclos do pau-brasil, da cana de
açúcar, do ouro, o Pará ficava na bubuia, como que sendo guardado para um butim maior. E, o
butim começou e continua acontecendo. Os maiores investimentos realizados em nosso
Estado não são para agregar valor aos nossos produtos, industrializar a região e promover o
desenvolvimento. Os maiores investimentos são para aumentar a capacidade de exportar
nossa matéria prima, nossas riquezas. O modelo é um velho conhecido: a mina, a estrada de
ferro e o porto. Ou para outros, o desmatamento, a pata do boi e as grandes plantações.

E, se em 1838 tiveram que editar uma lei para forçar os homens livres desta terra a trabalhar,
em regime de servidão, hoje o aparato legal não deixa por onde.

A Lei Kandir retirou mais de 21 bilhões de reais das nossas parcas receitas, de 1997 a 2010,
para favorecer a exportação: minério, madeira, boi em pé, tudo que der para levar. E, ano após
ano, o Estado fica na mais completa dependência dos recursos federais. A “compensação da lei
Kandir”, no orçamento de 2012, depois de muita discussão, chegou a 3 bilhões e novecentos
milhões, e é para TODOS OS ESTADOS, que se encontram na mesma situação.

O resultado da legislação que determina o não pagamento de ICMS aos Estados produtores de
energia elétrica, aliado a outros fatores, como a privatização do setor elétrico, foi a
contradição vivida no Pará e na Amazônia, quando, somente após trinta anos da construção de
Tucuruí é que mais de um milhão de Paraenses pode ligar um bico de luz em seus lares. E,
ainda há muito por se fazer. Estão aí nossos irmãos marajoaras, atores destacados nas lutas
Cabanas, ainda hoje sem contar com energia firme em seus municípios.

E, a tal da responsabilidade fiscal? Que ficam vendendo por aí que é para impedir gastos
excessivos com pessoal? Mas, na verdade é para engessar os investimentos públicos e garantir
o tal do superávit primário, ou seja, a prioridade para os “donos da banca”, os banqueiros! No
orçamento da União, para 2012, os bancos já têm garantido 47,19%, ou seja, 1,014 trilhão de
reais!!!!!!!!!!! Enquanto para a saúde e educação estão previstos 3,98% e 3,18%,
respectivamente!!!!!!!! Todos nós queremos que os governantes tratem com responsabilidade
os recursos públicos, mas onde está a responsabilidade com os direitos e as necessidades do
povo, tolhidos e postergados em nome da sacrossanta dívida pública????

Hoje, como ontem, nossa luta segue por Liberdade. Não a Liberdade separatista, mas a de
cidadãos, de homens livres e iguais. É uma luta de libertação nacional. Para que nós, o Povo
Brasileiro tenha o comando do nosso país em nossas mãos. Que as nossas riquezas gerem
desenvolvimento para o nós o Povo Brasileiro, do qual com muito orgulho nós, Cabanos
Paraenses, fazemos parte.

Lembremos o chamamento de Antônio Vinagre, às vésperas do segundo ataque dos Cabanos à
Belém, em 14 de Agosto de 1835:

“Dignos filhos do gigante Amazonas, valentes e
denodados defensores das liberdades dos cidadãos
brasileiros, a nós cumpre vingar a afronta feita a
esta briosa Província, que hoje geme sob o mais vil
despotismo. Que cada um de nós seja um
Guilherme Tell na defesa da Pátria e da Liberdade!
Seja a nossa divisa: Vencer ou Morrer! Os vossos
chefes estão na vossa frente e onde maior for o
perigo, aí será o seu posto de honra! Somos
paisanos, desconhecemos a arte da guerra. Mas nós havemos de bater como os mais briosos
e aguerridos soldados...........”

Viva a Revolução Cabana! Viva os Mártires da Luta por Liberdade!

Belém, 07 de janeiro de 2012.

Leny Campêlo

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Louis Althusser



“É essencial ler e estudar o Capital. Devo acrescentar que é necessário e essencial ler e estudar Lênin e todos os grandes textos, novos ou antigos, aos quais se devem a experiência da luta de classe do movimento operário internacional. É essencial estudar os textos práticos do movimento operário revolucionário em sua realidade, seus problemas e contradições: seu passado e, acima de tudo, sua históriapresente.”
Louis Althusser
in "A Filosofia Como Uma Arma Revolucionária"

Louis Althusser nasceu em 16 de outubro de 1918 na cidade de Birmandrais, na Argélia, então colônia francesa, para onde parte das famílias de seus pais havia emigrado. Após cursar o ensino fundamental em Argel, Althusser vai em 1930 para a cidade francesa de Marselha, completando ali os seus estudos secundários. De 1936 a 1939 ele frequenta o Lycée du Parc de Lyon, no qual se prepara para o concurso de ingresso naÉcole Normale Superieur (ENS) de Paris. Nesse período, Althusser era católico e militante da Jeunesse Étudiante Chrétienne. Em 1939 ele ingressa na ENS, mas antes mesmo de iniciar os seus estudos é mobilizado para lutar na Segunda Grande Guerra e cai prisioneiro dos alemães, permanecendo em um campo de concentração de 1940 a 1945. Após o conflito, passa então a estudar filosofia na ENS, na qual se formaria em 1948. Desde o período da guerra Althusser padece de sucessivas crises psíquicas, que o acompanharão por toda a sua carreira. A partir de 1948 assume o posto de "caiman" - professor encarregado de preparar os estudantes para os exames de agregation - na ENS. Este também é o ano em que Althusser ingressa no Partido Comunista Francês, tendo já há algum tempo deslocado-se de suas posições católicas anteriores para o marxismo. É no início dos anos sessenta, no entanto, que surgem os trabalhos mais importantes de Althusser -Pour Marx (A favor de Marx) e Lire Le capital (Ler O capital) - que, contrapondo-se à leitura dominante de Marxaté então vigente, terão o efeito de uma verdadeira revolução teórica no campo marxista. Sua produção intelectual se estenderá até os anos 80, com retificações, aprofundamentos e o desenvolvimento de uma original teoria da ideologia e dos Aparelhos Ideológicos de Estado. Sempre sofrendo de crises psíquicas e passando por períodos de tratamento e convalescência, Althusser vive em 16 de novembro de 1980 o drama de ter causado involuntariamente, por estrangulamento, a morte de sua companheira, Hélène, em uma severíssima recaída na doença. Afasta-se, então, do trabalho acadêmico e da cena pública, mas continua a produção teórica imerso na solidão e na culpa. Daí resultarão a sua biografia, L'avenir dure longtemps (O futuro dura muito tempo), em que reconstitui a sua trajetória e a tragédia que se abateu sobre ele, assim como uma série de textos em que apresenta uma concepção nova do materialismo, recuperando o atomismo dos pensadores da Grécia antiga, por ele denominada de "materialismo aleatório" ou "materialismo do encontro", e na qual alguns veem uma ruptura com a sua concepção primeva, e outros uma continuidade com ela. Althusser veio a falecer no dia 22 de outubro de 1990, vítima de um ataque cardíaco.
A principal contribuição que Althusser deu à teoria marxista foi a crítica ao economicismo e ao humanismo que dominavam as leituras de Marx. Demonstrando a irremediável ruptura entre Hegel e Marx, Althusser oferece uma nova periodização da obra marxiana, distinguindo um período de juventude, ainda ideológico, não-marxista, um período de maturação, no qual Marx formula o corpo conceitual de sua teoria, mas ainda em parte prisioneiro da ideologia burguesa, e o período da maturidade, em que a teoria do materialismo histórico é fundada em bases científicas rigorosas. Assim, por meio do conceito de corte epistemológico, Althusser deixa ver na própria constituição da teoria marxista a emergência da problemática científica do interior do campo da ideologia e em luta com ele. A afirmação do caráter materialista da teoria de Marx, formada por um conjunto de conceitos científicos, como os de modo de produção, relações de produção, forças produtivas, ideologia, luta de classes, infraestrutura, superestrura, etc, vai se contrapor à interpretação do marxismo como um vago humanismo, ancorado na noção de homem e de seus "predicados", que remete ao direito burguês e à circulação mercantil, e que sustenta, portanto, os "valores" da própria ideologia burguesa dominante. Igualmente, Althusser rompe com a concepção de que para Marx o "motor" do processo social e histórico seria o desenvolvimento das forças produtivas, de tal sorte que um progresso linear em direção ao comunismo já estaria inscrito na história como destino inelutável. Rompendo com essa concepção teleológica e economicista, Althusser mostra que Marx, especialmente em O capital, sustenta o primado das relações de produção, abrindo a história para as incertezas da luta de classes. Dessa leitura de Marx, que põe no centro de sua concepção a luta de classes, Althusser recupera a noção de determinação em última instância do econômico, dando assim às instâncias da superestrutura uma eficácia própria que pode permitir a elas jogar o papel dominante na reprodução das relações sociais. A dialética marxiana, assim, é o contrário direto da dialética hegeliana, na qual a contradição se apresenta como o desdobramento de um princípio interno simples, ao passo que em Marxela é sempre sobredeterminada, isto é, a contradição nunca se apresenta pura, mas como uma conjunção de determinações eficazes incidindo sobre um determinado objeto. Althusser criticou também a concepção de ideologia como falsa consciência, compreendendo-a como "uma representação da relação imaginária dos indivíduos com as relações de produção e com as relações delas derivadas", e lhe emprestando uma irredutível materialidade, tal como aparece no conceito de Aparelhos Ideológicos de Estado, que veio permitir que a concepção marxiana de Estado fosse ampliada e aprofundada.
Louis Althusser analisa o processo social como fenômeno objetivo, e não como o resultado da vontade de um sujeito. A sua intervenção teórica ao romper com os limites impostos pelas leituras hegelianas de Marx, põe em evidência a capacidade explicativa e transformadora do marxismo, constituindo, assim, entre as análises marxistas, uma referência importante para a luta dos trabalhadores contra o capital.

Fonte: http://www.marxists.org/portugues

A SERVIDÃO MODERNA

A servidão moderna



Hoje é dia de Tele cine Sinistro, vasculhando na internet encontrei um documentário impressionante chamado "A servidão moderna"!!




De la Servitude Moderne (Da servidão moderna) é um filme cujas imagens e linguagem expõem os paradoxos, dilemas e as chagas da sociedade. Enquanto indivíduos conscientes e críticos da realidade social que nos circunda é impossível passar incólume diante do que vemos e ouvimos. Cada imagem, cada frase, nos leva à reflexão sobre o mundo em que vivemos e nossa atitude diante dele.


De la Servitude Moderne é um documentário e também um livro, ambos produzidos de maneira completamente independente e distribuídos gratuitamente. A atitude de Jean-François Brient e Victor León Fuentes é também um desafio à concepção predominante sobre a propriedade intelectual. O texto foi escrito na Jamaica em outubro de 2007 e o documentário foi finalizado na Colômbia em maio de 2009. Foi elaborado a partir de imagens desviadas, essencialmente oriundas de filmes de ficção e de documentários.


As referências que inspiraram a obra, e mais propriamente a vida dos que a fizeram, são explícitas: Diógenes de Sinope, Etienne de La Boétie, Karl Marx e Guy Debord. Da mesma forma, os autores explicitam que:


“O objetivo principal deste filme é de por em dia a condição do escravo moderno dentro do sistema totalitário mercante e de evidenciar as formas de mistificação que ocultam esta condição subserviente. Ele foi feito com o único objetivo de atacar de frente a organização dominante do mundo.”


E o que é a servidão moderna?


“A servidão moderna é uma escravidão voluntária, consentida pela multidão de escravos que se arrastam pela face da terra. Eles mesmos compram as mercadorias que os escravizam cada vez mais. Eles mesmos procuram um trabalho cada vez mais alienante que lhes é dado, se demonstram estar suficientemente domados. Eles mesmos escolhem os mestres a quem deverão servir. Para que esta tragédia absurda possa ter lugar, foi necessário tirar desta classe a consciência de sua exploração e de sua alienação. Aí está a estranha modernidade da nossa época. Contrariamente aos escravos da antiguidade, aos servos da Idade média e aos operários das primeiras revoluções industriais, estamos hoje em dia frente a uma classe totalmente escravizada, só que não sabe, ou melhor, não quer saber. Eles ignoram o que deveria ser a única e legítima reação dos explorados. Aceitam sem discutir a vida lamentável que se planejou para eles. A renúncia e a resignação são a fonte de sua desgraça.”


Ainda que discordemos da ideologia e posições políticas explicitadas no filme, vale a pena assisti-lo. No mínimo, compreenderemos melhor a nossa sociedade!